quinta-feira, 27 de junho de 2013

Relações Públicas como fator de ligação entre organizações e públicos

Nos ambientes em que se constituem as organizações atuais existem diversas ações ocorrendo, dirigidas pelos mais diversos públicos. Querendo ou não as organizações ficam a mercê desses públicos e caso não sejam estabelecidas certas relações, possivelmente muitas oportunidades serão perdidas à favor das organizações.

Constituídas por grupos de pessoas que buscam alcançar um objetivo em comum, as organizações convivem com pessoas da comunidade que está inserida, com políticos, com fornecedores, com acionistas, clientes, consumidores e com variados grupos. Neste meio de campo se encontra a comunicação como um fator que potencializa essa convivência, podendo ajudar na conquista dos objetivos organizacionais.

Desde o início do século passado o sinal de alerta está ligado para a negligência da comunicação e relacionamento com os diversos públicos. Rockefeller mostrou como o relacionamento com a comunidade pode ser benéfico, depois que suas empresas petrolíferas começaram a investir em filantropia.

A comunicação organizacional deve ser tratada com seriedade, pois ela que guia o estabelecimento de relações, diálogos e interações com os públicos. Essa comunicação ocorre independente do desejo ou proatividade da organização, mas pode ser guiada através de estratégias de gestão, catalisando os vínculos comunicacionais para obtenção dos desejos organizacionais. Porém, isso não quer dizer que tudo estará em volta do ego organizacional, mas sim tratar dos objetivos como uma construção em conjunto com os públicos. Dessa forma podemos imaginar uma organização que objetiva lucros e que não haja inescrupulosamente atrás disso, melhorando o ambiente em que está inserida, ao mesmo tempo que cresce financeiramente.

Nesse cenário de vínculos, entre organizações e públicos, está inserido o Relações Públicas como profissional fundamental. Apesar de ser um profissional formado pelo campo da comunicação social, ele transita em grande parte do seu trabalho no campo da administração. Para conseguir conquistar os públicos através da comunicação, o Relações Públicas formata estratégias, organiza ferramentas, elabora cenários e estabelece planejamentos para que as organizações criem vínculos com os públicos. Margarida Kunsch costuma dizer em suas obras que o Relações Públicas é um gestor da comunicação, um cérebro pensante que traça linhas entre os objetivos organizacionais e os públicos envolvidos. Não é um profissional extremamente técnico. É do Relações Públicas a preocupação com a transparências organizacional, a ética e o relacionamento. O profissional se utiliza dos diversos meios e ferramentas de comunicação para atingir os públicos de forma efetiva. Criar diálogos e estabelecer relações de confiança é sua missão número um. Wilson da Costa Bueno caracteriza essa atividade onde apenas informar não é o suficiente, afinal os públicos necessitam muito mais do que isso.

Portanto cabe as organizações criarem espaço para o pensamento do Relações Públicas, pois ele se encaixa como um fator de sucesso a longo prazo. Um exemplo de política de Relações Públicas pode ser conferido na empresa Apple Inc., responsável por trazer ao mundo o iPad, iPhone e outros produtos tecnológicamente cobiçados. Enquanto outras empresas do ramo costumam enviar ses produtos para a imprensa testar antes do lançamento oficial, a Apple envolve em mistério os lançamentos. Isso cria um clima de ansiedade entre os consumidores, ao mesmo tempo que pode acarretar em problemas com suas relações com a imprensa. Outro fator da empresa, que envolve políticas de Relações Públicas, está no treinamento rigoroso a que são submetidos os atendentes das lojas físicas da Apple. Eles recebem uma cartilha rígida e são orientados a ter diversos cuidados comf rases negativas dirigidas aos clientes. O consumidor é muito bem atendido e resolve com facilidade seus problemas, ao mesmo tempo os funcionários reclamam da rigidez da empresa, criando conflitos internos de insatisfação.

Enfim, o Relações Públicas pode ser entendido como um pensador que está em eterna dualidade entre a comunicação e a administração. Longe de ser uma característica negativa. Ainda assim, o profissional é exigido como alguém que necessita de sensibilidade humana, mas que funciona como uma máquina planejada e organizada.




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