Nos ambientes em que se constituem as organizações atuais
existem diversas ações ocorrendo, dirigidas pelos mais diversos públicos.
Querendo ou não as organizações ficam a mercê desses públicos e caso não sejam
estabelecidas certas relações, possivelmente muitas oportunidades serão
perdidas à favor das organizações.
Constituídas por grupos de pessoas que buscam
alcançar um objetivo em comum, as organizações convivem com pessoas da
comunidade que está inserida, com políticos, com fornecedores, com acionistas,
clientes, consumidores e com variados grupos. Neste meio de campo se encontra a
comunicação como um fator que potencializa essa convivência, podendo ajudar na
conquista dos objetivos organizacionais.
Desde o início do século passado o sinal de alerta
está ligado para a negligência da comunicação e relacionamento com os diversos
públicos. Rockefeller mostrou como o relacionamento com a comunidade
pode ser benéfico, depois que suas empresas petrolíferas começaram a investir
em filantropia.
A comunicação organizacional deve ser tratada com
seriedade, pois ela que guia o estabelecimento de relações, diálogos e
interações com os públicos. Essa comunicação ocorre independente do desejo ou
proatividade da organização, mas pode ser guiada através de estratégias de
gestão, catalisando os vínculos comunicacionais para obtenção dos desejos
organizacionais. Porém, isso não quer dizer que tudo estará em volta do ego
organizacional, mas sim tratar dos objetivos como uma construção em conjunto
com os públicos. Dessa forma podemos imaginar uma organização que objetiva
lucros e que não haja inescrupulosamente atrás disso, melhorando o ambiente em
que está inserida, ao mesmo tempo que cresce financeiramente.
Nesse cenário de vínculos, entre organizações e
públicos, está inserido o Relações Públicas como profissional fundamental.
Apesar de ser um profissional formado pelo campo da comunicação social, ele
transita em grande parte do seu trabalho no campo da administração. Para
conseguir conquistar os públicos através da comunicação, o Relações Públicas
formata estratégias, organiza ferramentas, elabora cenários e estabelece planejamentos
para que as organizações criem vínculos com os públicos. Margarida Kunsch costuma dizer em suas obras que o Relações
Públicas é um gestor da
comunicação, um cérebro pensante que traça linhas entre os objetivos
organizacionais e os públicos envolvidos. Não é um profissional extremamente
técnico. É do Relações Públicas a preocupação com a transparências
organizacional, a ética e o relacionamento. O profissional se utiliza dos
diversos meios e ferramentas de comunicação para atingir os públicos de forma
efetiva. Criar diálogos e estabelecer relações de confiança é sua missão número
um. Wilson da Costa
Bueno caracteriza essa atividade onde apenas informar não é o suficiente,
afinal os públicos necessitam muito mais do que isso.
Portanto cabe as organizações criarem espaço para
o pensamento do Relações Públicas, pois ele se encaixa como um fator de sucesso
a longo prazo. Um exemplo de política de Relações Públicas pode ser conferido
na empresa Apple Inc.,
responsável por trazer ao mundo o iPad, iPhone e outros produtos
tecnológicamente cobiçados. Enquanto outras empresas do ramo costumam enviar
ses produtos para a imprensa testar antes do lançamento oficial, a Apple
envolve em mistério os lançamentos. Isso cria um clima de ansiedade entre os
consumidores, ao mesmo tempo que pode acarretar em problemas com suas relações
com a imprensa. Outro fator da empresa, que envolve políticas de Relações
Públicas, está no treinamento rigoroso a que são submetidos os atendentes das
lojas físicas da Apple. Eles recebem uma cartilha rígida e são orientados a ter
diversos cuidados comf rases negativas dirigidas aos clientes. O consumidor é
muito bem atendido e resolve com facilidade seus problemas, ao mesmo tempo os
funcionários reclamam da rigidez da empresa, criando conflitos internos de
insatisfação.
Enfim, o Relações Públicas pode ser entendido como
um pensador que está em eterna dualidade entre a comunicação e a administração.
Longe de ser uma característica negativa. Ainda assim, o profissional é exigido
como alguém que necessita de sensibilidade humana, mas que funciona como uma
máquina planejada e organizada.
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