Jornalismo

7 conselhos para um blog B2B de sucesso


Os blogs são uma das mais baratas e mais eficientes ferramentas de marketing que uma empresa pode ter. Os negócios B2B – empresas que vendem para empresas – também podem se valer dessa estratégia. Mas, como a audiência para esses temas geralmente é menor, é preciso um esforço para se tornar conhecido e relevante. A agência de marketing e relações públicas americana Marketing Zen, especialista em startups, divulgou em sua página no dia 20 de junho uma lista de sete conselhos para um blog B2B de sucesso.

1. Seja multimídia: a maior parte dos blogs B2B já entendeu que o sucesso vem da produção de conteúdo. Entretanto, é preciso tomar cuidado com a postagem de textos muito longos. Incorporar fotos, gráficos e vídeos tornará o blog mais interessante visualmente e aumentará as chances de retorno dos leitores.

2. Poste regularmente: a máxima que se aplica aos blogs pessoais talvez seja ainda mais importante para os B2B. Não é possível construir uma relação com os internautas se não há regularidade na publicação. Mas não vale postar só para ter algo novo. O blog corporativo é uma ferramenta que expressa o conhecimento da empresa, e o conteúdo precisa mostrar isso.

3. Seja original: se o empresa desejar firmar-se como referência em inovação, deve começar se comunicando ao mercado de forma original. Os posts, nesse caso, precisam ser autênticos. Compartilhar o conhecimento obtido no dia a dia ou relatar como as coisas caminham dentro do negócio são boas opções de prover o público com conteúdo inesperado.

4. Use o humor: as pessoas não esperam encontrar descontração em blogs B2B. Se o assunto sério for tratado de forma mais livre, os leitores irão retornar devido à informação leve, mas de qualidade. Ao ser divertido, o blog também consegue se diferenciar de centenas de outros semelhantes.

5. Pare de promover o produto: todos os leitores já sabem que a empresa responsável pelo blog vende produtos ou serviços. Fazer muita publicidade nesse espaço pode afugentar os leitores – não é um canal de vendas, mas um ambiente para a empresa mostrar suas competências.

6. Crie um código de conduta: como o blog reflete a imagem da empresa, é preciso certificar-se de que o comportamento dos autores e dos leitores seja profissional. O recomendado é definir limites para o que é comportamento adequado. Ao fazer isso, a empresa demonstra que a ética norteia seus processos.

7. Tenha foco: a empresa precisa se certificar de que está cobrindo uma área em particular. Mostrar-se especialista em um determinado campo é mais vantajoso do que falar sobre tudo. Além de manter o foco, essa postura irá atrair mais pessoas para a empresa porque confiam no especialista.




A crise do jornalismo e a crise dos jornalistas


Todos estão assustados com a investida dos grandes meios de comunicação em não poupar nos cortes e colocar na rua a única coisa que pode fazer um meio de comunicação funcionar: os jornalistas. Os motivos vão desde a tradicional redução dos gastos até as teorias de oportunismo frente a um alinhamento mais voltado para o bem-estar dos acionistas do que para a qualidade do canal em questão.

Há uma crise no jornalismo? Muitos afirmam que não. Acredito que a crise é, dependendo do ponto de vista, facultativa ao jornalismo. O modelo de negócio de uma empresa de jornalismo, os posicionamentos políticos dos empresários que comandam o veículo ou até mesmo o local em que aquele jornalismo é produzido são fatores que impactam diretamente o modo como as notícias são produzidas dentro daquele jornal. Portanto, a crise é, sim, também do jornalismo.

“Mas e os princípios da profissão?” Essa pergunta seria interessante e até poderia ser um respaldo para afirmarmos que a crise é do jornal, não do jornalismo. Aliás, até compartilho dessa visão, mas em um momento em que grandes veículos estão se limitando a uma produção jornalística banal e sem sentido, onde o único intuito é gerar visualizações de páginas, muitos das preces básicas desse segmento de mercado já foram sacrificadas.

Se demitiu 100, amanhã demitirá 300

Sim, segmento de mercado. O jornalismo faz parte de um sistema onde empresas geram valor e consumidores adquirem esse valor. Nós, jornalistas, ficamos no meio desse diálogo e somos os grandes responsáveis por essa geração e entrega de valores. Por isso, assim como um modelo de negócio falido pode prejudicar a qualidade do jornalismo, a má condução do veículo pode prejudicar a carreira dos jornalistas.

Explico. Se um jornal vai mal por não ter mudado seu modelo de negócio – que por muito tempo vingou –, uma hora ele irá fazer reajustes. Esses reajustes são mais ou menos radicais, dependendo diretamente de como esse jornal ou veículo se comportou nesses mais de 15 anos de internet comercial no país. Agora, se juntarmos um modelo de negócio pra lá de tradicional com um medo irracional aos meios digitais, o resultado que conseguiremos é a demissão de dezenas de jornalistas. Se adicionarmos a tudo isso a falta de preparo de muitos jornalistas para com o ambiente digital, a crise passa dos jornais para os jornalistas.

Entendeu? Se a empresa vai mal, o jornalismo vai mal, não tem recursos e nem argumentos satisfatórios para convencer os acionistas que o trabalho de um jornal é gerar informação, conteúdo, credibilidade, reputação e que o dinheiro é só consequência. Não dá para explicar com pontos sólidos que uma planilha do Excel não irá resolver o problema da empresa. Se hoje ela demitiu 100 e continuou com a mesma postura, amanhã irá demitir mais 300. E é exatamente isso que estamos observando nos maiores veículos de comunicação do país. A planilha do Excel tem dado voz dentro das redações sendo muito mais útil, no ponto de vista da empresa, do que jornalistas gabaritados e com uma experiência ímpar.

Base estrutural

Prensados contra o muro estão os jornalistas que não souberam evoluir ou que encaravam a mídia digital como uma inimiga maligna do jornalismo e que precisava ser combatida. Se antes o sonho de muitos jornalistas era o de trabalhar em grandes veículos, hoje o sonho de muitos jornalistas é trabalhar em grandes veículos ou criar um canal independente que possa suprir determinados nichos não explorados convencionalmente.

Acontece que os jornalistas, assim como a maioria dos brasileiros, foram educados para serem empregados, funcionários da notícia, e jamais líderes ou patrões. Jornalistas têm medo de ousar e pisar fora da caixa. Alguns jornalistas usam até hoje máquinas de escrever, pois levantam uma tese absurda de que os meios digitais estão destruindo a profissão. Errado! Quem está destruindo a profissão é o próprio jornalismo – e os jornalistas – que sempre se recusaram a mexer em time que estava ganhando.

Explico novamente. Quem está destruindo os jornais (profissão) são as empresas de comunicação que não quiseram mudar de postura e, principalmente, os jornalistas, que mesmo após serem demitidos não procuram sair da mesmice. Empreendedorismo, design, inovação, estatística, dados e programação são apenas alguns dos novos módulos pertencentes ao jornalismo moderno e que têm tudo para se aperfeiçoar, encontrar seu espaço e, como sempre, servir de base estrutural para a tomada de decisões de uma sociedade. Com o digital, o jornalismo redobra o seu papel de prestador de serviços, porém isso não pode ficar limitado a um modelo de negócio ou a profissionais que não adquirem novas visões.

Um novo ambiente

A crise é do jornalismo quando em âmbito empregatício, mas é fundamentalmente uma crise dos jornalistas quando em âmbito de renovação. Se a válvula que faz com que o jornalismo funcione não quer mudar, o jornalismo em si não irá mudar. Se quem prega transformações não quer transformar, iremos daqui pra frente encontrar mais e mais colegas que produzirão notícias sobre demissões em massa, queda na circulação de impressos e, principalmente, sobre a inércia dos profissionais da imprensa.

É possível criar um novo ambiente que transpire inovação e, principalmente, jornalismo. Ou você pode ser o último que irá apagar a luz quando sair, ainda mais depois de ter conduzido por mais alguns meses ou anos três ou quatro tarefas diferentes com o mesmo salário de quando fazia apenas uma. Que lado você vai escolher?


Sete dicas para criar conteúdo para mídias sociais

Vivemos em uma época onde o papel foi substituído por softwares e computadores disfarçados de telefones. Os livros agora são e-books, os jornais são sites e feed de notícias do Twitter, e conteúdos são criados por escritores disfarçados de blogueiros. Diversas pessoas e empresas encontram dificuldades para manter sua relevância em um mundo digital, já que nossas mudanças de hábito, a preferência por novas mídias e plataformas de consumo de conteúdo exigem uma maneira diferente de pensar e agir.

Jeff Bullas é um consultor, palestrante e estrategista de mídias sociais que mantém um blog onde ajuda empresas a utilizar o mundo digital a seu favor. Ele resolveu dar sete dicas que as pessoas devem manter em mente na hora de escrever um blog, criar um site ou projetar um vídeo ou qualquer outro tipo de multimídia, para conseguir atenção e engajamento de seus leitores. São elas:

1. Simplicidade
"Uma sílaba pode ser muito mais eficaz do que três ou quatro", explica Bullas em seu blog. É preciso lembrar-se de tentar não ser muito inteligente ou esperto e, consequentemente, deixar o público para trás, sem entender a real mensagem por trás de tantas palavras incompreensíveis.

2. Título principal
"Quando você faz uma pesquisa no Google, você vê o título e uma descrição. Ambos são importantes nessa ordem." Na web, temos poucos segundos para tentar prender a atenção das pessoas. É preciso aprender a arte de "fisgar" o leitor em primeiro lugar para garantir que ele se interesse em ler o restante do conteúdo. Títulos para vídeos, conteúdos de slides, imagens e tweets também entram nesse quesito.

3. Estrutura
O título já fez o leitor se interessar, agora o desafio é mantê-lo engajado. Parágrafos curtos com duas a três frases e subtítulos que resumam bem o conteúdo também são vitais. Listas também são interessantes, como o exemplo dessas "7 Dicas" - o Google também gosta muito de textos com listas na hora de mostrar seus resultados de busca.

4. Linguagem coloquial
"A sociedade está se movendo do formal para o informal e a escrita também é parte dessa tendência cultural". É sempre importante utilizar o bom senso, mas para assuntos menos formais é indicado escrever da maneira como falamos, assim as chances de conseguir mais leitores podem aumentar. O uso da linguagem popular é visto como algo autêntico e real. 

5. Histórias
Usar histórias pode ajudar o leitor a se lembrar do conteúdo lido, principalmente se ela mexer com suas emoções. "Usá-las como introdução pode ser muito eficaz."

6. Multimídia 
Criar conteúdo e distribuí-lo em diversos tipos de meios de comunicação. Nada impede que um artigo escrito seja reaproveitado em um infográfico, vídeo, podcast, entre outros. Essa tática pode ajudá-lo a atingir um público maior e mais amplo, afinal "todos nós temos diferentes preferências de consumo de mídia".  

7. Responsivo
Atualmente, as pessoas podem navegar na web utilizando uma pequena tela de smartphone ou um monitor de 32 polegadas widescreen de alta definição, por exemplo. Por isso, é importante criar sites e blogs que "respondam" a diferentes tamanhos de tela, tornando a leitura mais fácil independentemente do dispositivo usado. Trata-se do chamado web design responsivo, uma abordagem destinada a elaborar sites para fornecer uma ótima experiência de visualização, fácil leitura e navegação com um mínimo de redimensionamento e rolagem, para uma ampla gama de dispositivos.

Fonte: Canal TECH 




Rede Minas fará concurso para 290 vagas!


Rede Minas de Televisão, em quase 30 anos de atividade, enfrenta sua maior crise. O futuro dos 28 programas locais que estão no ar, que ocupam quatro horas e meia diárias de atrações inéditas na grade da emissora, é incerto. Até o fim do ano, a maioria dos 430 funcionários deverá ser demitida para dar lugar a futuros servidores contratados via concurso público e, com isso, parte da programação regional deverá ser substituída por reprises ou produções realizadas de maneira improvisada. Até o próprio diretor-executivo da emissora, Hugo Teixeira, não pode prever o impacto da situação: “Não sei, hoje, dizer como manteremos a programação”, afirma.

Foi em 1984, para promover intercâmbio de valores, educação e cultura entre a população mineira, que a então TV Minas entrou no ar. Começou timidamente, alcançando municípios próximos à capital e retransmitindo a TVE do Rio de Janeiro. As primeiras experiências de produções locais ocorreram um ano depois e a ampliação foi sendo feita até que, em 1992, a emissora passou a distribuir também as atrações da TV Cultura de São Paulo. Em 1995, ocorreu outro salto, quando a TV Minas se tornou Rede Minas, com a missão de ampliar o alcance regional para a maioria das cidades mineiras. Desde 2005, funciona em parceria com a Associação de Desenvolvimento de Radiodifusão de Minas Gerais (ADTV), que, na prática, permitiu um regime de contratações diferenciado e mais maleável, considerado mais adequado às características da produção televisiva, o mesmo que a Justiça acaba de barrar.


Desde que o Ministério Público do Trabalho condenou a Rede Minas a pagar uma multa de quase R$ 4 milhões pela não realização de concurso público em 2004, a situação ficou tensa. No mês passado, cerca de 50 profissionais não concursados das áreas de jornalismo, produção, programação e administração foram demitidos. Outros cortes drásticos estão previstos para os próximos meses entre os 400 funcionários restantes no quadro de pessoal da emissora, preparando o terreno para a realização do concurso. A previsão é de que apenas 290 vagas sejam abertas. As demais, cerca de 80, consideradas estratégicas, relacionadas a cargos de chefia, apresentadores e profissionais das áreas de criação, deverão ser preenchidas por cargos de recrutamento amplo, sem concurso. Ou seja, o quadro de pessoal, mesmo depois da realização do concurso, será reduzido.


“Está muito difícil trabalhar lá, porque as pessoas estão tendo que se desdobrar para colocar a emissora no ar. A TV Minas é engraçada: as pessoas se apaixonam. Não há outro lugar aqui para fazer uma televisão criativa”, compara Mariana Tavares, ex-apresentadora do Curta. Depois de 22 anos na emissora, ela conta que deve muito à antiga casa. “Fui editora, repórter, roteirista de documentário, apresentadora e fui surpreendida com a demissão. Não entendi minha saída. Achei que merecia ao menos uma conversa, pela minha trajetória. Não gravei nem uma despedida. Faltou respeito, sim.” Apesar de a situação atual ser complicada, a apresentadora acha que o futuro pode ser melhor. “As pessoas serão concursadas e terão estabilidade. Nesses anos todos lá dentro, passei por cinco regimes de contratações”, diz Mariana.



A preocupação da maioria dos funcionários, a curto prazo, é de uma perda significativa da qualidade da programação da Rede Minas. Graças à criatividade local, a emissora se tornou a terceira maior TV pública do país, atrás da TV Cultura de São Paulo e da TV Brasil. Com vários prêmios e atrações exibidas nacionalmente, como o 'Alto-falante' e o 'Dango Balango', a emissora, caso se configure a transição prevista, terá prejuízo evidente, como avaliam vários profissionais em atuação na emissora, que preferiram não se identificar temendo represálias.


“A Rede Minas surgiu com a esperança de que o estado pudesse ter produções locais. Sempre exportamos. Atualmente estava cumprindo o seu papel. Com a má gestão e a grande confusão que sucessivos governos fizeram, ela foi terceirizada. Assim a sucatearam. Passei lá no ano 2000 e a redação nem sequer tinha computador”, exemplifica Eneida da Costa, presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais. “A emissora entrou num beco sem saída”, lamenta a dirigente sindical.

Fonte: Portal UAI - Caderno Divirta-se. Confira a reportagem completa! 

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