quinta-feira, 13 de junho de 2013

Prefeitura do Rio quer usar Google Glass e app de trânsito Waze para monitorar a cidade


RIO — O Rio poderá ser a primeira cidade do mundo a ter o Google Glass (óculos inteligentes de realidade aumentada) como ferramenta oficial de utilidade pública. Falando ao GLOBO, o prefeito Eduardo Paes contou que já propôs à gigante de buscas adotar o Glass como mais um recurso do COR (Centro de Operações Rio), que já usa softwares como Google Earth e Mapas para monitorar a situação do clima, do trânsito e de áreas de risco na cidade.

— Agentes da prefeitura na rua poderão usar o Glass para dar mais agilidade às suas operações, recebendo informações diretamente nele — disse Paes por telefone, nitidamente animado com a perspectiva.
O prefeito também pretende adotar o aplicativo móvel Waze — em que os próprios usuários informam as condições do trânsito — para reforçar o monitoramento do tráfego pela CET-Rio no COR. Criado em Israel, o app foi comprado pela Google na terça-feira por valor estimado em mais de US$ 1 bilhão. 

A adição do Waze pode ser uma arma no combate a nós no trânsito, como o que aconteceu na terça-feira, em que a queda da carga de um caminhão na Avenida Brasil parou o tráfego da cidade por horas.
— A base das atividades do nosso Centro de Operações é a tecnologia da Google, através do Google Earth e outras ferramentas. Temos interação total com eles, e todas as aplicações de trânsito, radar de chuvas, Defesa Civil, enfim, praticamente todo o monitoramento passa por esses recursos — afirma Paes. — Eu mesmo mantenho uma tela em meu gabinete, onde acompanho em tempo real muitas das ações do COR.

Segundo Pedro Junqueira, chefe executivo de operações do COR, o Waze poderia trabalhar em conjunto com as mais de cem camadas de aplicações de localização já utilizadas no centro.

— Por exemplo, temos a camada da s câmeras; a que mostra onde estão os guardas municipais; a camada onde se encontram os caminhões da Comlurb; a que exibe transformadores da Light com possíveis problemas; e assim por diante — explica Junqueira. — No caso do Waze, o input fornecido pelos usuários do aplicativo cria uma malha que pode ser reunido com as câmeras da CET-Rio e dados do Google Traffic para obter informações ainda mais precisas.

Considerando que, segundo informações da própria prefeitura, só a Avenida Brasil está saturada, com 225 mil veículos circulando diariamente, qualquer ajuda extra seria bem-vinda no trânsito carioca.
O Glass, por sua vez, poderia fornecer diretamente para óculos dos guardas municipais chamadas potenciais do 1746 (número de atendimento ao cidadão pela prefeitura) ou relatos sobre as características do local onde o agente se encontra (por exemplo, uma área em que o furto de carros é constante).

— Mas isso ainda vai levar algum tempo, pois o Glass ainda é um fetiche até para os próprios funcionários da Google — diz Junqueira. — Uma equipe esteve aqui no COR não faz muito tempo e só um deles tinha visto o gadget.

Fonte: Jornal O Globo. Leia a reportagem na íntegra!


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