O Brasil finalmente conheceu o potencial das mídias sociais.
O que antes era amplamente tratado como “a revolução das mídias sociais”
tornou-se realidade ao levar milhões às ruas, repercutindo internacionalmente
na primeira página de grandes veículos como CNN e BBC.
Por meio das redes sociais, pessoas se organizaram e foram
às ruas protestar, enquanto ainda nos questionamos se esse é um movimento
sem-líder ou um movimento com um líder: a própria rede social. Então, a
revolução das mídias sociais já aconteceu? Sim, mas não aconteceu de forma
repentina e sim progressiva e contínua.
Se fossemos resumir a história, poderíamos dizer que há mais
ou menos 20 anos a internet revolucionou nossas vidas e há mais ou menos 7 anos
as mídias sociais fizeram o mesmo. Não sabemos direito como chegamos aqui, mas
chegamos.
Como podemos afirmar isso?
1 – As mídias sociais não são mais luxo para poucos
O fato é que as redes sociais já atingem 1 em cada 3
brasileiros. De todas as atividades online, as redes sociais são onde o público
brasileiro gasta mais tempo: 9,3 horas por mês. As redes sociais já estão
também entre os sites mais acessados nas categorias de games e vídeos online, o
Facebook é o terceiro maior site em acessos a vídeos online.
Então, sim, a sua audiência está lá, independente de qual
seja o perfil dela. As redes sociais não são exclusivas a um nicho, não estão
mais restritas a uma idade, uma classe social ou uma região do Brasil.
Portanto, se sua audiência está online, assim como 88 milhões de brasileiros,
logo ela está nas redes sociais.
2 – A revolução foi tecnológica e não humana
A grande revolução é a internet sendo reconstruída em torno
das pessoas. Lembra no começo da internet quando você acessava um site, obtinha
informações, mantinha-se atualizado sobre as últimas notícias do mundo e após
‘consumir’ esse conteúdo, você deixava o site, desligava o computador e ia
“viver a vida” lá fora? Saía para se encontrar com amigos e familiares,
conversar, socializar, ouvir e compartilhar opiniões.
Ou seja, no começo da internet acessávamos sites quase como
se fosse uma biblioteca virtual e depois deixávamos a internet para nos
comunicar com o mundo ‘lá fora’. Hoje, o mundo ‘lá fora’ foi inserido na
internet. Através da internet acompanhamos o crescimento de familiares,
comentamos, divulgamos, opinamos, discordamos, e fazemos tudo que sempre
fizemos, mas agora utilizando a internet.
A grande revolução das mídias sociais é que a tecnologia
(finalmente) alcançou a humanidade.
3 – A revolução aconteceu! Mídias sociais não são
modismo.
As mídias sociais não são um modismo, mas sim uma mudança
extremamente interessante para as marcas. É a chance de comunicar, ouvir (e
assim aprender) e de criar grande engajamento utilizando o conteúdo. É a chance
para as marcas não só se comunicarem, mas marcarem as vidas das pessoas.
Interessante pensar que se as mídias sociais (online)
existissem há mais de 50 anos, talvez as empresas tivessem percebido mudanças
no mercado e no consumidor, ou ainda já tivessem passado por uma crise e
forçadamente (e positivamente) mudassem e, consequentemente, não teriam perdido
seus negócios.
As mídias sociais não devem ser vistas como ameaça, mas sim
como a melhor forma de tornar os negócios e marcas vivas por mais tempo.
Portanto, creio que hoje a resposta seja “sim, a revolução
aconteceu”, pelo menos na sociedade. Mas, na publicidade ainda estamos no
início. Provavelmente, da mesma forma que a revolução das mídias sociais na
sociedade foi imperceptível, assim será para a publicidade.
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